Vera Fischer:Internada na Barra da Tijuca, Vera Fischer tenta superar perdas


2009
A atriz e o ex-marido, falecido em 2009
Dentro de um pequeno quarto, uma mulher se olha no espelho. Tem os olhos tristes e o rosto sem maquilagem; escova os cabelos. Embora esteja autorizada a receber visitas e fazer três telefonemas diários, prefere a solidão do pequeno cômodo — cama de solteiro, sofá, criado-mudo. A mulher só deixa o quarto, o espelho e a reclusão dos últimos 12 dias para ir à sala de TV. Fora da telinha, Vera Fischer jamais conseguiria ficar longe dela.
— Só quem tem acesso a ela é o médico e o enfermeiro particular. Quem me dera ver a Vera Fischer — conta uma funcionária da clínica de reabilitação onde ela está internada desde o dia 26 de julho. Vera está isolada.
Aos 59 anos, a atriz que foi símbolo de beleza para ao menos duas gerações chegou ao local à revelia, levada por dois enfermeiros à paisana que a buscaram em casa, no Leblon. O chamado foi feito pela filha Rafaela, que prefere não comentar o assunto.
— Ela apresentou uma certa resistência, no início, mas depois acabou aceitando — confirma o enfermeiro Célio Jorge.
Esse é o quinto round de uma luta que Vera trava, há 20 anos, contra o álcool e a cocaína. Depois de muitas crises e outras quatro internações, as recaídas foram inevitáveis.
— A recuperação vai ficando mais difícil com o tempo: a pessoa entende que precisa parar, mas é como se não conseguisse aprender a viver sem droga. O cérebro se acostuma — explica a professora de psiquiatria da Uerj, Maria Thereza de Aquino.
Dependente química
Nos últimos anos, Vera Fischer estava deprimida, raramente falava ao telefone e não tinha e-mail. Sua última aparição em público foi numa festa, em maio, quando o ator Antonio Banderas esteve no Brasil.
— Tenho certeza que Rafaela só fez isso para o bem da Vera. Ela é uma dependente química. A morte de Perry (Sales) só agravou o problema: ele era como um pai para ela — lembrou o humorista Paulinho Serra, que namorou a atriz em 2004.
O ex-marido e melhor amigo de Vera morreu em junho de 2009. A dor da perda, aliada, por exemplo, a uma longa exposição à droga, explica Maria Thereza de Aquino, pode produzir uma mistura explosiva.
— Os cocainômanos com mais de 50 anos são de tristeza avassaladora. Quando sofrem perda traumática, a recaída é quase irreversível — disse.
Extra Online
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