É cabível observar que no Brasil a população tem seus olhares, opiniões e focos voltados para o que está acontecendo no âmbito da política que cerca nosso país e que atualmente tem gerado a reação de milhões de brasileiros.
Dessa forma, os noticiários expõem abertamente as estratégias políticas de sucesso sendo que dentro dos lares de diversas famílias, no local de trabalho, nas universidades e até mesmo na Igreja existem os debates sobre a política, mas cabe frisar que nos bastidores de cada um desses lugares há uma realidade chamada suicídio, que coloca o Brasil em 8° lugar entre os países com mais suicídios no mundo segundo o portal G1 no ano de 2014.
O assunto é triste, tal como um sintoma da doença depressão, que é identificada como um transtorno mental severo considerado uma das principais causas para a consequência do ser humano tirar sua própria vida. A doença se refere a uma tristeza profunda, aptidão para exagerar nas drogas e no álcool destruindo a pessoa aos poucos.
A verdade é que isso ainda é uma pauta oculta entre as pessoas e nota-se o pouco interesse da mídia em revelar os dados que marcam as porcentagens elevadas e que a cada ano aumentam, pois segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo são depressivas.
O que se pode notar é que esse assunto só é basicamente revelado quando alguém famoso passa por essa dificuldade, como o que aconteceu no dia 09 de setembro de 2013 quando Luiz Carlos Leão Duarte Junior, conhecido como Champignon e ex-baixista da banda Charlie Brown Jr foi encontrado morto pela polícia ou até mesmo o caso repercutido de Kurt Cobaian líder da banda Nirvana, que mesmo não sendo brasileiro teve grande repercussão por aqui, este último durante sua vida passou por vários colapsos depressivos, sendo encontrado em um cômodo da sua casa com um tiro na cabeça, com apenas uma carta expressando seus últimos momentos e explicação para as centenas de fãs.
Mortes atuais que colocam em cena o enredo que envolve a saúde pública, o assunto em comento deve ser tratado como tal e ter gestões que se aproximem da importância que esse fator tem em relação aos índices populacionais. Enquanto não houver estudantes, jornalistas, formadores de opiniões e outros que expressem esses números o assunto vai continuar sendo pauta de pequenos momentos, sem nenhum valor público. O fato de as pessoas terem consciência sobre os números graves de pessoas, principalmente jovens que morrem por dia, também influencia para que surjam campanhas para diminuir mais esse impacto em nosso Brasil.
Se o silêncio persistir nada será realizado e as 25 pessoas que tiram suas vidas por dia não vão encontrar ajuda em nenhum momento. O gênero carta vai continuar sendo utilizado e encontrado em muitas cenas. É um desafio que deve ser encarado de maneira corajosa resultando na prevenção, cabe destacar que isso não deve ser visto somente do ponto de vista religioso e moralista, mas um assunto público.
Refletir que assim como tem verbas para as doenças e outros aspectos, a depressão também requer cuidados, como também concorda a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) ao informar que mais de 80% das pessoas com depressão podem melhorar se receberem o tratamento. Dessa forma nasce a seguinte indagação: Silenciar...até quando?
Por Fabiana Reis
Articulista do Portal 8
portalp8@gmail.com
Silenciar...até quando?
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01:08:00
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