Divã da TV com Samantha Cavalca


A entrevista de hoje inaugura o quadro 'Divã da TV' que terá o objetivo de arrancar curiosidades da vida do entrevistado e deixá-lo à vontade para prosear com a gente. A primeira diva, digo, personalidade do divã é a Samantha Cavalca. Jornalista e repórter correspondente direto de Brasília, pela Rede Meio Norte.

Ela conta que trabalha desde os 17 anos de idade, já foi vendedora de consórcios e trabalhava com jornalismo antes mesmo de se formar, contabilizando 11 anos na área. Visita o Piauí de 15 em 15 dias ou mensalmente, conforme a agenda política lhe permite.
Está há um ano e quatro meses morando na capital federal e, sobre os planos de carreira, afirma: "é daqui pra frente". Então, convidamos você a se achegar mais e ouvir (aliás, ler) o que Samantha tem a compartilhar.



1 - Então, primeiramente queríamos saber a respeito do seu início de carreira e quais suas primeiras funções.
Como todo mundo: estagiária de assessoria de imprensa. Meu primeiro chefe foi o Elivaldo Barbosa, no INCRA. Nem sei se ele se lembra disso, rsrs. Trabalhei no 45 graus, com os empreendedores Junior e Cinthia Freitas. Era editora chefe. Depois, Portal 180 graus, onde fui diretora comercial do Dr Helder Eugenio, por quem tenho uma grande estima e agradeço pela paciência que ele sempre me dedicou. Em seguida trabalhei no Portal AZ com o amigo, mesmo distante, jornalista Arimatea Azevedo. Ele dispensa apresentação. Depois entrei na Meio Norte como produtora, onde já tinha tentado várias vezes. Lá tive a sorte de poder trabalhar e aprender muito com a Cínthia Lages no programa 'Em Cena'. Adoro moda! Cheguei a fazer Piauí Fashion Week tanto na frente das câmaras quando na produção. Fui ao vídeo por lá também. O programa acabou e fui remanejada para o programa 'Agora' com meu amigo e melhor apresentador que eu conheço: Silas Freire. 

2 - Você considera bastante o apresentador Silas Freire. Ele é uma pessoa de personalidade forte, assim como você. Intenso. Como era o trabalho? Fluía bem? Ou sempre rolava estresse?
Considero o Silas um amigo. Uma pessoa que aprendi a admirar. Ele é o melhor apresentador do Brasil. O trabalho fluía bem. Tínhamos atritos. Em qualquer relação existem atritos. As pessoas gostam de espetacularizar e especular. Silas, assim como eu, não leva nada para o lado pessoal. Desentendimentos existiam, mas normal, nós não ficávamos remoendo. Participei do programa e posso dizer que ajudei a torná-lo o maior fenômeno de audiência da TV piauiense. Era um trabalho árduo. Sempre queríamos o melhor programa e fazíamos! Ajudar nossa audiência/população mostrando os problemas, denunciando e ajudando os gestores a ouvirem o nosso povo. Fazíamos com campanhas. Essa era a nossa função, mostrar grandes histórias, mostrar que a informação que levávamos era importante para a vida delas. Tenho orgulho do quanto aprendi com ele. Ele é um apresentador fantástico. É um excelente político. Pude acompanhar isso durante sua campanha e no seu primeiro ano de mandato.

3 - Então após a saída do Silas, como veio o convite para ir para Brasília? Houve disputa para o cargo ou você foi logo indicada e por quê?
A TV precisava se renovar. Todos precisam. Eles entenderam que eu já estaria aqui e queriam investir em mais essa área: política onde realmente se faz política. Brasília. Sim, foram especulados outros nomes pra estarem aqui. Mas acredito que eles acertaram em me escolher. Acho que ninguém faria o que faço! Falo sem falsa modéstia. Sempre respondo e opino falando o que penso, sem subterfúgios.

4 - Em algum momento chegou a pedir demissão da Meio Norte ou o convite veio de imediato?
Nunca pedi demissão e nunca fui ameaçada de ser demitida.

5 - Mas atualmente você não é mais assessora do Silas, não é mesmo?
Não mais. Mas mantenho uma ótima relação com ele e com seus assessores e com sua família também.

6 - Se nos permite fazer uma pergunta, outra curiosidade interessante. Hoje você ganha mais trabalhando aí do que se fosse repórter aqui?

Lógico que ganho mais aqui do que os repórteres de Teresina. O custo de vida aqui é bem mais alto e o trabalho é mais intenso também. Principalmente esse ano em que tudo aconteceu em Brasília. Acho que você pergunta isso porque todos especulam sobre meu salário. Vivo bem. Não tenho do que me queixar. Eu pago minhas contas, baby! 

7 - E a respeito da demanda que atualmente tem tido por conta de processo de impeachment, queda de Ministro, saída de Presidente da Câmara. Qual a maior recompensa disso tudo?
Este é um momento histórico. O ano do nunca antes. Nunca antes aconteceram tantos fatos e a experiência que adquiro cada dia trabalhando lado a lado, conhecendo e conversando com os maiores políticos brasileiros e os melhores jornalistas do país, isso não tem preço. Além de outros profissionais que conhecemos pelo caminho diário como professores da UNB, técnicos, assessores. As pessoas não têm noção como tudo aqui é profissional. Eu cubro todas as casas: Senado, Câmara, Planalto, STF. Os jornalistas aqui ficam impressionados.

8 - E não haveria a necessidade de outro correspondente? Ou para você essa sobrecarga é possível e tranquila de conciliar?
Isso não sou eu que decido. Concorrência é bom e nunca tive medo disso. Eu me garanto. Tranquilo? Nunca! Brasília nunca mais será tranquila. Mas eu nunca pedi outro repórter para me ajudar.

9 - Samantha, o seu tempo é relativamente curto nos ao vivo de telejornais, enquanto que no programa Super Top essa participação é ampliada. Existe um tempo já pré-definindo pra que você fique no ar? Por causa de transmissão via satélite, essas coisas?
Não transmitimos por satélite. Usamos teradek, uma tecnologia de ponta. Meu tempo de vivo é enorme. Você já viu quanto tempo um único repórter fica ao vivo na Globo? Ou na Record? Dois, três minutos. Hoje (30.06 - dia da entrevista), por exemplo, passei dez minutos no Bom Dia, dez no Agora, meia hora no Super Top e sete no Setenta Minutos. Tudo que tenho para dizer, eu digo. Se não abordo tudo é por opção minha, por critério de noticiabilidade. 

10 - Você também hoje tem o SnapChat como um grande aliado e faz dele realmente o seu diário. Falou recentemente que foi recomendada por um professor. Como foi isso? Conta mais a respeito dessa interatividade da ferramenta a seu favor.

Por vários professores. Professores que dão aula sobre atualidade. Sou muito seguida por adolescentes que vão prestar vestibular. Eles acompanham através do meu perfil no SnapChat esse momento único na política brasileira. Acho que falo de uma maneira acessível. O que você acha? (Nos questiona) Muita gente, muita gente mesmo, me segue e diz: passei a entender política quando você começou a explicar nas suas redes sociais. Acho o máximo que eu possa contribuir pelo interesse de alguns pela política. Isso é fantástico! Tudo que não cerca vem daqui!

11 - Você falou uma vez no Snap que o pessoal das redes de TV nacionais pedia para você fazer figuração. Qual a finalidade?
Toda vez que eles vão fazer alguma matéria mostrando o trabalho da imprensa nas grandes coberturas do Congresso, eles me chamam porque alegam que tenho uma boa aparência no vídeo. E como não pertenço a nenhuma rede, não tem problema deles usarem minha imagem. Por exemplo, a imprensa esteve presente na cobertura do impeachment na Câmara ou Senado e aí eles me botam fingindo que estou no ar. Já apareci em todas com essa besteira.

12 - Bacana! E o convite para integrar o time do Super Top, como foi?
Raquel Dias quis reformular o programa. A direção achou interessante me incluir no grupo. Eu amei! Aquele horário é uma terapia. Diversão e informação com leveza. O novo programa da Raquel já é um sucesso. Ela está cada vez melhor, uma super profissional e isso se reflete no trabalho dela.

13 - Até pouco tempo atrás você tinha planos de sair como candidata à vereadora de Teresina. O que houve? Desistiu? Adiou os planos?
Resolvi investir na minha vida em Brasília. Não penso em voltar ao Piauí. Só pra visitar, mas para trabalhar é daqui para frente.

14 - Quais seus planos profissionais?
Fazer de novo algo que nenhum piauiense fez no jornalismo. Mas isso é segredo. Sempre soube que seria jornalista, desde os cinco anos de idade. Sempre soube que iria para a TV Meio Norte, nunca quis outra. Tentei algumas vezes até que deu certo. Sempre soube que queria falar de política daqui. Também deu certo. Eu não duvido que consiga o resto. E que ninguém ache que foi sorte, porque não foi. Foi muito trabalho, muita meta. As pessoas têm medo de metas, porque elas devem se sacrificar para alcançá-las. Eu não tenho medo de me sacrificar. Você sabia que eu almoço, há anos, às 16 horas? Que sempre trabalho mais do que todos ao meu redor? Deixei de acompanhar meu marido quando ele passou em um concurso em outro estado e por várias e várias vezes fiquei sem dormir, sem comer por causa do meu trabalho. Falar que a Samantha é isso ou aquilo é fácil. Que ela é uma tirana e ditadora é fácil. Quero ver se sacrificar.

15 - Você acha que as pessoas tem uma visão equivocada de Samantha Cavalca?
Escuto de tudo. Sei que ser dona de uma personalidade forte como a minha às vezes agrada demais ou agrada de menos. Não me interesso muito por gente que deseja ecoar o mal ou que trabalha através de fofocas, querendo derrubar o outro. Juro que nem ligo. Já liguei, hoje em dia é totalmente indiferente. Hoje sei que o horário que entro no Agora é a maior audiência do jornal. Isso mostra que eles, gostando ou não, assistem. Acredito que a maioria gosta pelo que vejo nas ruas. Acredito também que os que são próximos a mim me conhecem muito bem e continuam perto há muitos anos. Importante para mim mesmo, de verdade, é fazer um trabalho bem feito. Às vezes os que estão nosso redor não acompanham ou não entendem. Daí se cria conflitos. Mas não levo para o pessoal.

16 - Voltando um pouquinho sobre a pergunta que lhe fiz lá em cima sobre os planos profissionais. Você daria pistas do que seria o "antes nunca feito" que ainda é segredo?
Segredo é segredo. Se eu contar deixa de ser segredo.

17 - Rs. Uma pistazinha... Previsão para que aconteça?
No no no. (Risos).Tenho todo o tempo do mundo. Somos tão jovens.

CURTO E GROSSO

Do que você mais sente falta do Piauí? Minha filha.

O que não te faz sentir saudade de jeito nenhum? Nem sei. Do que não tenho saudades, nem lembro que existe.

Samantha Cavalca tem planos para ser apresentadora algum dia? Não sou apresentadora ainda por escolha. Você acha que já não surgiu a ideia de fazer um programa daqui?

Por que a escolha em não ser apresentadora? Não perco tempo com nada ou ninguém que eu não queira.

O trabalho ou a família? Trabalho. Não nasci pra ser mãe e nem esposa. Amo essas duas facetas, mas sou melhor trabalhando.

Dá para acompanhar tudo da filha e ser mãe à distância e supri-la na medida do possível? Sim, demais. Principalmente porque sou mãe da melhor filha do mundo. Sempre nos apoiamos e nos aconselhamos. Ela é minha vida!

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Um comentário:

  1. "Não nasci pra ser mãe e nem esposa." genteeeee O_O ....

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