O Parque Nacional das Sete Cidades, no Piauí, é o berço dos primeiros peixes e de uma história rica. São sete cidades de pedra que brincam com a nossa imaginação, e dá para fazer esse passeio no tempo de uma forma bem simples: de bicicleta. Um dos monumentos é o Arco do Triunfo. Quando se passa no local pela primeira vez, pode se fazer três pedidos, mas não pode pedir para casar, para ficar bonito ou para ficar rico.
A reportagem de Lília Teles mostrou que ao contrário da leitura que comumente se faz das formações rochosas serem semelhantes a figuras humanas e animais, o geólogos veem diferente.
“As informações sobre o clima, sobre as mudanças na vida. A própria paleontologia, que mostra a evolução da vida, as espécies que desapareceram, outras que surgiram, tudo isso está impresso nessas rochas”, diz explica o geólogo da UFRN Francisco Pinheiro.
Estudos geológicos afirmam que a área do parque já esteve submersa por um mar chamado de epicontinental. Os continentes ainda não eram separados e a região era uma espécie de um rio, que sofria as influências das marés dos oceanos. Não existiam mamíferos, apenas insetos e peixes. A área seria o fundo de um mar de 400 milhões de anos atrás.
Todo esse pacote de rochas guarda informações preciosas e únicas e funciona como se fossem enciclopédias, com vários livros, com capítulos. Na verdade, a gente busca ler as rochas. A função do geólogo é ler as rochas”, diz Francisco Pinheiro.
O solstício do inverno no Hemisfério Sul significa uma época em que o Sol incide com menos força abaixo da linha do Equador. É o início de um tempo mais frio. Antes da era cristã, ele marcava em muitas culturas a data do ano novo. Depois, com a chegada do cristianismo, isso se tornou um ritual pagão, já que o Sol perdeu a sua categoria de Deus. No Parque das Sete Cidades, o solstício é marcado por um espetáculo da natureza que tem a precisão de um relógio suíço.
O solstício de inverno é uma data no calendário solar que era usado pelos povos pré-históricos. Este ano ele ocorreu no dia 21 de junho. O dia em que a equipe do Globo Repórter assistiu a este espetáculo. É a noite mais longa do ano e ficamos mais distantes do Sol no Brasil, abaixo da linha do Equador. Em muitas culturas era o dia do ano novo e o início de um novo tempo para fertilizar a terra.
“Uma inscrição mostra que o homem pré-histórico fez todo um estudo para se chegar ao dia de hoje (21 de junho), ao calendário solar. Eles estudaram, então a gente vê que são retas em direções diferentes e só uma reta toca o círculo que eles desenharam. Então o círculo para nós seria o furo, que forma o calendário, e a reta tocando poderia ser o dia de hoje”, explica Ana Cláudia Ferreira, guia do parque.
Fonte: G1/Globo Repórter
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Piauí é destaque: Globo Repórter mostra um Nordeste diferente
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