Crítica: Amadeu Campos dá folêgo ao 'Agora'

Amadeu Campos e Liana Aragão (Crédito: Magal)

Vindo de uma sucessão de erros, alteração no horário de exibição e escalas equivocadas de apresentadores desde a saída de Silas Freire, o 'Agora' da Rede Meio Norte estava meio perdido no horário do nobre da TV piauiense. 


Por lá passaram Carlos Moraes, Ieldyson Vasconcelos, Cínthia Lages, Arimatea Carvalho e Dânio Sousa ao lado de Shirley Evangelista. Ao longo do tempo, o telejornal foi enxertado com inúmeros quadros como a participação de Samantha Cavalca direto de Brasília, as reportagens de Kairo Amaral de Parnaíba, as entradas ao vivo de Hugo Viegas direto de São Luís, além da inclusão de Socorro Sampaio com notícias internacionais direto de Dublin, na Irlanda.

Muito conteúdo, falta de gestão de tempo e apresentadores que não souberam equilibrar a atração. Em dois dias, Amadeu Campos, com mudanças sutis, mas necessárias, aproveitou todo esse arsenal e cortou os excessos.

O primeiro excesso atendia pelo nome de "Bastidores da Política" em que Leal Júnior tinha um tempo enorme no ar, para pouco acrescentar. Agora, o jornalista entra com uma análise gravada e muito mais enxuta. A dobradinha que vem dando certo é entre Amadeu e Arimatea Carvalho, sempre com posicionamentos pertinentes e domínio do assunto.

Com mais 25min de tempo no ar (o programa entra às 12h45), o jornalístico parece bem mais dividido. Tem tempo para mostrar os milhares de testemunhais (hora certa, oferecimento e por aí vai) e ainda deu para encaixar duas novidades: a participação de Piauilina (meio que fazendo o papel que Galego desempenha no Jornal do Piauí) e de Liana Paiva direto da redação (semelhante ao que fazia Yala Sena). 

E, como não poderia ser diferente, Amadeu Campos já começa a dar apelidos a nova equipe: Samantha Cavalca como "repórter federal", Pedro Borges como "007" e Socorro Samapaio como "repórter cosmopolita". 

Em entrevista ao Portal do grupo em que trabalha, Campos disse o seguinte: “Tenho um estilo de trabalho próprio, cada profissional imprime a sua marca e vou aproveitar esse DNA da Meio Norte, de ser bem popular para que haja a convergência da minha experiência com o que a Rede Meio Norte já representa para que a gente possa fazer cada vez melhor”. 

Aos poucos, o novo âncora vai conseguir apagar as letrinhas da "CV" estampadas na sua testa para se incorporar ao estilo de jornalismo da Meio Norte que é mais para o popular. 

No fim das contas quem ganha é o telespectador com vastas opções e estilos de jornalísticos no horário do meio dia.