Alerta Geral e Tribuna Piauí marcam a estreia de Tony Trindade na Band Piauí

Edgar Mendy (Diretor Geral da Band Piauí), Tony Trindade, Elizabeth Sá e Lucas Pereira

Na última segunda-feira (09), Tony Trindade estreou na Band Piauí dois programas jornalísticos. A emissora própria da Rede Bandeirantes que até então não tinha um jornal no "horário nobre piauiense" começou a semana mexendo com a concorrência.

Na sua estreia, o jornalista que até então dava expediente na TV Antena 10 abriu o jornalístico com um editorial sobre sua trajetória no jornalismo, sua nova casa e, claro, sobre a linha editorial diferenciada da Band Piauí por ser uma emissora própria do Grupo Bandeirantes e que, a priori, não teria vinculações políticas. 

Conforme destacou o Portal 180, em suas declarações de estreia, Tony colocou alguns pingos nos "is": “O jornalismo que não se vende, não bajula, não destila ódio e não faz da reportagem instrumento de achaque. O nosso jornalismo não tem inimigos e nem amigos íntimos. Preferimos dar à notícia o direito de ser notícia, e não publicidade”, afirmou o apresentador.

Além de Trindade, também estrearam na Band os jornalistas Felipe Reis, Lucas Pereira, Renato Montanha, este último que apresentará o quadro "Guardião do Consumidor" e, ainda, Elizabeth Sá que compõe a bancada do 'Tribuna Piauí'. Todos a convite do anfitrião da casa.

No seu segundo dia, nesta terça-feira, o telespectador pode acompanhar o que seria na prática o primeiro programa, passada as apresentações e discursos necessários.

O que se pode ver, nesse segundo dia, é que o Alerta Geral é um programa policial diferenciado. É, dentre os produtos locais, aquele que não se pode rotular de "policialesco". Chega a se aproximar do 'Brasil Urgente', mas com o toque do Tony Trindade, que preza por uma linguagem mais polida, sem palavrões e com debates sobre problemática social.

Já no Tribuna Piauí, o que podemos ver é um legítimo programa que se pauta pela movimentação política. Primeiro, porque trouxe de volta a jornalista Elizabeth Sá(que é fera nesse segmento). Segundo, porque espera-se que o jornalístico não se torne aquilo que as concorrentes transformaram seus produtos: em palanque para parlamentares discursarem (diga-se de passagem, sempre os mesmos). 

O cenário montado para Tony Trindade é algo diferencial em se tratando de Band Piauí. Não é enorme, mas é funcional e caiu bem para as duas atrações. 

Já quanto à dinâmica da equipe, não podemos deixar de destacar que ainda falta uma melhor articulação. Quem já trabalhou com Trindade sabe que ele é perfeccionista e que em programas ao vivo detesta erros e atrasos nas chamadas de matérias, vinhetas e mudanças de enquadramento.

Por essa falta de "entrosamento", Tony esboçou visivelmente estar furioso no vídeo com os erros da equipe no programa desta terça-feira (10). Ruídos, VT's com atraso de som,  microfones que não eram ligados no momento certo e até falhas no sinal foram alguns dos tropeços. A situação obrigou o jornalista a reclamar da equipe ao vivo, fato que chegou a deixar Elizabeth Sá e Lucas Pereira um tanto constrangidos. "A Tribuna tem essa característica. Ela não segue roteiro. A gente vai chamar de acordo com o que for e a gente só pede que a nossa produção tenha sempre essa atenção. Nós compreenderemos se na hora não for possível, avisa! Mas, a Tribuna tem essa informalidade e é assim que a coisa funciona", recado dado por Tony a sua equipe. 

Já exaltado pelo fato de ter sido colocado na tela um VT que em nada tinha a ver com o comentado na bancada, o âncora soltou: "Não tem nada a ver com isso! Quero que a gente providencie o [VT] do secretário Antônio Neto ou o que esteja. Dá o play aí no que tiver!" bradou Trindade. 

Ao longo do programa houveram novas alfinetadas para a equipe para que as externas que foram gravadas fossem organizadas a fim de que fossem exibidas na tela.

Ao final do Tribuna Piauí, o apresentador se desculpou com os telespectadores e destacou que diferentemente da seleção brasileira, em que um treinador tem que lidar com jogadores de diversos times e que quando algo sai errado pode-se atribuir à falta de entrosamento, ali a situação era diferente. Tratava-se do início de uma nova fase para todos e que o entrosamento viria como algo natural do trabalho diário.