TVs locais sofrem com pandemia, passam dificuldade e precisam cortar para sobreviver

Suelen Reis apresenta o Bom Dia Goiás na TV Anhanguera: Canal foi um dos que mais cortou pessoal


Se as grandes redes de televisão estão passando dificuldades por causa da pandemia do novo coronavírus, as emissoras locais sofrem ainda mais. Mesmo grandes grupos regionais estão promovendo demissões e cortando salários nos últimos três meses para reduzir custos e tentar passar tudo da melhor forma possível. As cinco TVs nacionais sentem esse problema, mas em especial afiliadas da Globo, Record e SBT. 

Nas emissoras Globo, a pior situação foi no Rio Grande do Sul, Goiás e Tocantins. A RBS, parceira da Globo no estado sulista, demitiu 25 profissionais, entre comentaristas esportivos e jornalistas. Também houve redução de salário em 25% por causa da diminuição de contratos de publicidade.

Em Goiás e no Tocantins, a situação ficou feia na TV Anhanguera, afiliada da rede carioca por lá. Parte do Grupo Jaime Câmara, a empresa acabou com as sucursais no interior dos estados e demitiu ao todo cerca de 60 profissionais. Agora, o jornal para fora de Goiânia e Palmas é feito pela capital. 

Subindo ao Nordeste, a TV Bahia, parceira da Globo em Salvador, reduziu salários em até 25% a depender dos vencimentos dos contratados e suspendeu investimentos previstos em tecnologia e modernização previstos até o fim do ano. Demissões pontuais, como da jornalista Naiá Braga, também ocorreram.

Em Aracaju, a TV Sergipe suspendeu contratos de cerca de 10 colaboradores e reduziu salários. Por fim, a TV Liberal, em Belém, também paralisou alguns contratos e reduziu os pagamentos para todos em até 25%.

A situação também ficou feia em emissoras da Record e SBT. Na TV Aratu, parceira do canal de Silvio Santos em Salvador, durante todo o período de pandemia, foram demitidos 20 profissionais. Também houve redução de salário na casa dos 25% para todos os setores, como forma de passar a pandemia. O time de reportagem, já reduzido, ficou ainda menor.

Já as parceiras da Record parecem ter sentido menos os impactos da pandemia do novo coronavírus, mas também não passaram ilesas. Foi o caso da TV Clube, parceria da rede paulista em Pernambuco. Mais de 20 funcionários tiveram o contrato suspenso por um mês entre junho e julho. O núcleo de produção passou a ter apenas seis pessoas - três de manhã, três a tarde.

Lógico, existem exceções. A TV Correio, afiliada da Record na Paraíba, contratou o jornalista Bruno Sakauê, ex-apresentador da Globo no estado. A contratação passa também por uma questão política - um dos apresentadores da emissora vai sair como candidato a prefeito de João Pessoa, capital do estado. 

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