Hoje é dia de resgate.
Na semana passada, resolvi organizar melhor o arquivo de cartas e e-mails com perguntas não respondidas. Entre tantas, encontrei algumas antigas que não foram respondidas até hoje e que merecem a nossa atenção.
1ª) Carta de uma leitora indignada: “Os programas de TV abrangem uma parcela muito grande de pessoas e ensinam como falar errado a nossa língua. Frequentemente ouço de apresentadores de TV e entrevistados coisas do tipo:
1ª) Essa pergunta é meia descabida;
2ª) Quando eu ver o filme;
3ª) Na hora que eu ver a foto;
4ª) Fez de tudo para vim no meu programa;
5ª) Era pra mim ter falado.
Poucos são os apresentadores que falam um português correto ou próximo do correto. Por incrível que pareça, os que mais falam errado são os que mais cobram do governo investimento na educação (entenda-se instrução). E os que mais alto salário têm.
Quanto maior o Ibope, maior o salário. Quanto maior o Ibope, mais pessoas atingem.
A mídia ajuda a formar, se é que não forma totalmente, a opinião pública. Ela pode ensinar o certo ou o errado. Os apresentadores deveriam dar o exemplo falando corretamente, pois atingem um percentual enorme da população, que os imita.”
Concordo com a nossa leitora. A responsabilidade dos profissionais de comunicação é cada vez maior. A influência dos apresentadores de TV, principalmente os de programas mais populares e em especial os de programas infantis, é imensa. A tendência natural dos telespectadores, mais ainda das crianças, é imitar os seus ídolos. E aqui incluímos o seu modo de falar.
Não é preciso falar errado para atingir o seu público. Ninguém gosta de ser tratado como idiota ou ignorante. A linguagem coloquial deve ser simples, com vocabulário acessível, mas sem abusar dos desvios gramaticais.
Deve haver um mínimo de respeito às normas gramaticais. Nos exemplos citados pela nossa leitora, as correções a serem feitas são as seguintes:
1ª) Essa pergunta é meio descabida;
2ª) Quando eu vir o filme;
3ª) Na hora em que eu vir a foto;
4ª) Fez de tudo para vir ao meu programa;
5ª) Era para eu ter falado.
2ª) Carta de um leitor revoltado: “Favor avisar ao jornalista panaceia universal é pleonasmo vicioso.”
O prefixo “pan”, de origem grega, significa “tudo, total, geral”: do campeonato pan-americano participam todas as Américas; pancontinental é referente a todos os continentes; panteão era um templo dedicado a todos os deuses; e panorama é a visão em toda sua amplitude.
Panaceia é remédio para todos os males.
O nosso leitor tem razão em parte. Trata-se de uma redundância, mas não chega a ser um pleonasmo grosseiro do tipo “subir pra cima”, “ganhe grátis”, “hemorragia de sangue”…
O dicionário Aurélio cita um exemplo do escritor Ramalho Ortigão: “O campo e a praia, o ar do monte e o ar do mar são…a universal panaceia para as moléstias endêmicas das grandes cidades…”
Muitas vezes a ênfase justifica o uso de um bom pleonasmo: “vi com meus próprios olhos”, “pisei com meus próprios pés”, “lutei uma luta inglória”, “sonhei um sonho sonhado”…
Fonte: Sérgio Nogueira / G1
A importância do uso correto do português nos programas de TV
Reviewed by Portal P8
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21:19:00
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(EXCLUSIVO) BAND volta ao piaui na proxima encarnação
ResponderExcluirO Padua Araujo ganha em disparada quando o assunto é falar errado; putz ele deve ter comprado o diploma dele (isto é, se tiver)
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